Óleo de prímula: para que serve?

Até pouco tempo ninguém ouvia falar em óleo de prímula, mas essa realidade vem mudando uma vez que aumentam os estudos que comprovam a eficácia desse composto para a prevenção e tratamento de inúmeras doenças do corpo e da mente.

Ele é capaz de regular os níveis de colesterol, de tratar eczemas na pele, a exemplo das dermatites, mas sobretudo ele é um aliado da saúde da mulher, combatendo sintomas físicos e emocionais da Tensão Pré-Menstrual (TPM) e atenuando os desconfortos da menopausa. Isso só para citar algumas vantagens desse óleo.

Óleo de prímula
O óleo de prímula alivia a TPM, melhorando dores, enjoos e irritabilidade (Foto: depositphotos)

Apesar de não ser nativo do Brasil, ele já é vendido em larga escala em lojas de produtos naturais, em farmácias de manipulação e em sites especializados na internet.

Benefícios do óleo de prímula

O óleo é obtido das sementes da prímula e muito rico em um tipo de ácido graxo essencial da família do Ômega-6, denominado ácido gama-linoleico, reconhecidamente benéfico para a saúde. Ele é comercializado em dezenas de países como um suplemento alimentar, por favorecer uma melhor qualidade de vida. (1)

Alivia sintomas da TPM e da menopausa

Mensalmente as mulheres precisam lidar com desconfortos decorrentes da Tensão Pré- Menstrual, a famosa TPM, dores nos seios e abdominais, enjoos, dores de cabeça, além do emocional que fica expressivamente instável, apresentando picos de irritabilidade, cansaço e angustia. Todos os sintomas podem ser minimizados com o óleo de prímula.

O principal componente desse óleo, o ácido gama-linolênico (GLA), regula a atividade celular especialmente o equilíbrio dos hormônios sexuais femininos. (1)

Os mais frequentes sintomas da TPM estão relacionados a alterações no metabolismo desses hormônios.

Logo, fazer uso de alimentos abundantes em GLA, como o óleo de prímula, regula as reações químicas, abrandando os sintomas. (1) As mesmas premissas servem para situações referentes a menopausa.

Elimina a acne

O óleo de prímula é referência quando o assunto é o trato dermatológico. Seu consumo possibilita a redução quase que completa de eczemas e psoríases (tipo de doença inflamatória da pele não contagiosa).

Essa atuação se dá graças ao poder anti-inflamatório de um hormônio chamado prostaglandina. E é a partir desse poder que as acnes podem ser eliminadas, uma vez que essa doença de pele só ocorre quando as glândulas sebáceas inflamam, acarretando em espinhas e cravos. (3)

Quem tem problema de acnes no rosto, colo, costas e pescoço pode apostar no uso tanto tópico quanto ingerido da prímula.

Regula o colesterol e controla a pressão arterial

A prostaglandina apresenta vários efeitos benéficos, tais como a vasodilatação arterial. (3)

O óleo de prímula, por ser rico nesse composto, consegue evitar a elevação da pressão sanguínea nas artérias, uma vez que seu efeito vasodilatador expande a passagem do sangue, evitando assim os picos de pressão.

Ansiedade

Outra vantagem do óleo de prímula é sua capacidade sedativa. As prostaglandinas provocam mudanças positivas no estado de ânimo e no impulso de hiperatividade motora, sendo muito indicado para o controle das desordens mentais, a exemplo da ansiedade. (2)

Ele, inclusive, é indicado para quem sofre de obesidade, uma vez que consegue abrandar a ansiedade, agindo diretamente no combate a compulsão alimentar.

O óleo de prímula emagrece?

Sim. Uma das propriedades da prímula é seu efeito diurético. (2) Graças a essa atuação no corpo a retenção de líquido pode ser eliminada, melhorando a estética e o bem-estar.

A retenção de líquido afeta diretamente o abdômen – deixando-o mais inchado – e os membros, tornando pernas e braços sem definição e com excesso de celulites. O óleo de prímula consegue combater a retenção e deixar o corpo mais magro.

Como tomar

O consumo do óleo de prímula se dá através de cápsulas. A indicação é consumir 4 cápsulas por dia. No entanto, antes de fazer uso de qualquer produto com fins medicinais, o médico deve ser consultado. É importante lembrar que a automedicação traz perigos à saúde.

Esse mesmo composto pode ser utilizado na produção de sabonetes e cosméticos. Associado com outros óleos pode ser uma ótima base para tratar a pele prejudicada, evitando ruas, manchas e flacidez.

Também existe o óleo de prímula para uso culinário. Ele é uma alternativa mais natural e saudável, podendo compor receitas ou como tempero de saladas e molhos. Para uso alimentício, o consumo desse óleo deve ficar entre 5 e 10 g por dia, o que equivale a 1 e 2 colheres de sopa, respectivamente.

Contraindicações

Essa planta e seus extratos são contraindicados a qualquer pessoa com antecedentes de alergia. Também não deve ser ministrado em crianças, idosos e em mulheres grávidas sem orientação médica. Quem faz uso de anticoagulantes ou que seja sensível a aspirina não deve consumir a prímula. (3)

Efeitos colaterais e precauções

Ingerir o óleo de prímula em demasia pode acarretar em diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal, desconforto gástrico e dores de cabeça em pacientes mais sensíveis. Por isso, evite a superdosagem, obedecendo sempre a indicação de consumo diário.

Flor de prímula
Apesar de não ser cultivado no Brasil, é fácil encontrar os extratos da prímula à venda (Foto: depositphotos)

Característica da planta

A prímula recebe o nome científico de Oenothera biennis. Ela é nativa da América do Norte e não existe cultivo dela no Brasil. Sua marca registrada são suas flores grandes e amarelas. Ela é uma espécie herbácea que pode atingir um metro de altura.

Curiosidade

A prímula é também conhecida por “evening primrose” ou estrela do entardecer, em tradução livre. Este nome provém da característica de suas flores que só se abrem ao entardecer.

Referências

(1) SANTOS, Tainá dos; LOPES, Gisely Cristiny. Tensão Pré-Menstrual (TPM): Fitoterapia baseada em evidências, Faculdade Ingá – PR, 2015. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20151201_201501.pdf . Acesso em: 29 de agosto de 2019.

(2) Plantas usadas em saúde da mulher, Universidade Federal de Juiz de Fora – MG, 2011. Disponível em: http://www.ufjf.br/proplamed/files/2011/03/a12-Plantas-utilizadas-em-Sa%C3%BAde-da-Mulher.pdf . Acesso em: 29 de agosto de 2019.

(3) Oenothera biennis L. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM%5B34082-1-0%5D.PDF . Acesso em: 29 de agosto de 2019.

(4) Literatura do óleo de prímula. Naturell. Disponível em: file:///C:/Users/conta/Downloads/Estudos%20%C3%B3leo%20de%20linha%C3%A7a.pdf . Acesso em: 30 de agosto de 2019.

Sobre o autor

Jornalista, possui especialização em marketing e acumula experiência de mais de 10 anos no ramo da comunicação. Registro Profissional DRT-PE: 4909.