Dolomita: para que serve esse mineral

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Você já ouviu falar em dolomita? Essa é uma pedra branca, geralmente vendida na forma de um pó bem fino, que é extraída de rochas calcárias e formada por carbonato de cálcio e magnésio.

Esse mineral é repleto de benefícios e por isso tem vários usos medicinais e cosméticos. Como no alívio dos sintomas do reumatismo, para tratar acne e impedir o envelhecimento precoce da pele, por exemplo.

Cápsulas de dolomita
A dolomita pode ser encontrada na forma de pó ou cápsulas e deve ser prescrita por um médico (Foto: depositphotos)

Incrível, não? E o melhor de tudo é que a dolomita, que é bem parecida com a argila branca, é fácil de ser encontrada e de usar. Quer saber mais sobre ela? Então continua lendo que você vai descobrir o que a ciência fala sobre esse poderoso mineral!

Para que serve a dolomita?

Tratar acnes

Fazer uma máscara facial com dolomita serve para tratar a tão temida acne, que é um problema causado pelo excesso de sebo na pele e que pode afetar pessoas de qualquer idade.

Esse é um benefício derivado da composição dela, que como já foi dito, é basicamente cálcio e magnésio.

O magnésio é um componente essencial para estabilizar o que entra e o que sai da sua pele, o que serve para impedir a ação de microrganismos nocivos.

Por isso mesmo que ele também age regulando a produção da gordura (sebo), que é uma proteção natural para a pele mas que causa a acne quando produzido em excesso e o que o magnésio faz é justamente impedir que isso aconteça. (1)

Além disso o mineral tem um efeito anti-inflamatório semelhante ao das argilas. Essa ação previne o aparecimento daquelas espinhas gigantes, pois impede que a pele reaja de maneira violenta após entrar em contato com bactérias nocivas. (2)

O magnésio ainda serve para estimular a regeneração celular, melhorando o processo de cicatrização da acne. Portanto aplicar o produto na pele não apenas impede o surgimento e trata a acne, como também ajuda a prevenir aquelas marquinhas deixadas pelas espinhas. (1)

Retirar toxinas e deixar a pele respirar

A máscara de dolomita também tem um efeito detox e ajuda a fazer uma limpeza profunda na pele.

Isso ocorre graças ao efeito do magnésio de regular o que entra e sai da pele. O mineral age facilitando a eliminação de substâncias como ureia, sódio, cloro e potássio, além de poluição, maquiagem e cremes faciais.

Pode até não parecer à primeira vista, mas esse efeito detox é bem importante pois deixa a pele respirar, fazendo com que ela se regenere sozinha e ainda ajuda à potencializar os efeitos de outros tratamentos. (2)

Prevenir o envelhecimento precoce

Outro uso da máscara de dolomita é na prevenção do envelhecimento precoce, uma vez que o efeito antioxidante do magnésio pode ajudar a prevenir danos causados pelo sol e pela degradação natural das células da pele.

O mineral é parte importante do metabolismo do corpo e portanto consegue impedir a oxidação celular.

Vamos explicar!

Quando as nossas células consomem oxigênio ou sofrem danos do sol e poluição elas produzem compostos chamados radicais livres, que grudam em outras moléculas e começam a criar danos por todo o organismo.

Um dos mais recorrentes é o envelhecimento precoce. Essas moléculas prejudicam a função de regeneração celular da pele e o magnésio impede que elas circulem pelo corpo. (3)

Ainda por cima, o estímulo à cicatrização desse mineral serve como prevenção de manchas e do fotoenvelhecimento, pois a pele tem uma maior facilidade para voltar ao normal após receber os raios solares e não ficar com “cicatrizes” dos danos sofridos. (1)

Tratar doenças reumáticas

Não é só para melhorar a aparência da pele que a dolomita é usada. Tanto o uso tópico quanto o oral do composto são considerados complementos eficazes dos tratamentos convencionais das doenças reumáticas, como osteoporose, artrose e até tendinite.

Esse benefício foi explicado por pesquisadores do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), que acompanharam 44 pessoas que sofriam de artrose e foram tratadas com geoterapia, aplicação da argila sobre a pele, à base de dolomita duas vezes na semana.

O resultado do teste foi que, por ser rico em cálcio e magnésio, o mineral conseguiu aliviar a inflamação e as dores causadas pela doença, além de proporcionar uma melhora na mobilidade. (4)

Já o cálcio encontrado no mineral serve como um suplemento alimentar e auxilia na prevenção da osteoporose, doença que deixa os ossos mais frágeis.

Isso acontece porque o mineral vai suprindo o que é perdido ao longo da vida, principalmente durante a velhice. Essa reposição contribui para diminuir os riscos de acidentes e fraturas, uma vez que aumentar os níveis de cálcio favorece o aumento da densidade da estrutura óssea. (5)

Como usar?

Como a dolomita é vendida na forma de um pó bem fino e branco é necessário apenas adicionar água, soro fisiológico ou algum chá da sua preferência para fazer a máscara facial ou a geoterapia, que é o cataplasma de argila. (4)

Basta colocar o mineral em uma quantidade que seja suficiente para aplicar no rosto ou nas articulações e ir adicionando o líquido escolhido aos poucos, que deve estar quente quando o produto for usado em tratamento de reumatismo, até obter uma pasta homogênea e fácil de espalhar.

Feito isso, aplique na pele limpa e seca com um pincel e deixe agir por, em média, 20 minutos. Após esse tempo, remova toda a máscara com água corrente.

Após usar esse tratamento no rosto sempre lembre de aplicar o seu hidratante favorito para manter a pele hidratada.

Para tratamentos estéticos você deve usar uma vez por semana, já na geoterapia é possível fazer até duas sessões semanais com o cataplasma. (4)

O consumo dela como suplemento de cálcio e magnésio deve ser prescrito por um médico, que irá avaliar as necessidades nutricionais de cada caso.

Existem contraindicações?

No que diz a respeito o uso da dolomita para tratamentos estéticos ou na geoterapia não foi encontrada nenhuma contraindicação.

No entanto, seu consumo deve ser evitado por grávidas e por mulheres que estejam amamentando por causa dos riscos de contaminação com metais pesados.

Além disso, o excesso de magnésio é prejudicial ao organismo e pode causar sintomas como náuseas e vômitos, hipotensão e acarretar até em insuficiência respiratória, parada cardíaca e morte.

Enquanto que a hipercalcemia (excesso de cálcio) tem entre os seus sintomas anorexia, vômitos, dor abdominal, constipação, fadiga e fraqueza muscular. Em casos graves a hipercalcemia pode causar úlceras na pele, pancreatite e hipertensão. (6)

Portanto, evite a automedicação e sempre procure um médico para fazer todos os exames necessários para saber se a suplementação é realmente necessária antes de começar a tomar qualquer coisa.

Onde encontrar

Você encontra a dolomita em pó em várias lojas de produtos naturais, físicas e online. O suplemento também é vendido na forma de cápsulas.

Referências

(1) DIAS, Ana Margarida Pereira da Silva de Portugal. Nutrição e a pele. 2008. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/54741. Acesso em: 26 de setembro de 2019.

(2) GUISONI, Taise Della Giustina; RIBEIRO, Ivete Maria. Benefícios da argila em procedimentos estéticos. 2018. Disponível em: https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/5603/Artigo%20Taise%20%20Argila-%2012-08-18.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 26 de setembro de 2019.

(3) CAMPOS, Bruna Aline de. Benefícios do magnésio para a saúde. 2012. Disponível em: https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0711290893.pdf. Acesso em: 26 de setembro de 2019.

(4) ARTHUR, Katleen et al. Efeitos da geoterapia e fitoterapia associadas à cinesioterapia na osteoartrite de joelho: estudo randomizado duplo cego. Acta Fisiátrica, v.19, n.1, p.11-15, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20120003. Acesso em: 26 de setembro de 2019.

(5) MIZOGUCHI, Toshihide et al. Dolomite supplementation improves bone metabolism through modulation of calcium-regulating hormone secretion in ovariectomized rats. Journal of Bone and Mineral Metabolism, v.23, p.140-146, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00774-004-0552-9. Acesso em: 26 de setembro de 2019.

(6) DUTRA, Valeria de Freitas et al. Desequilíbrios hidroeletrolíticos na sala de emergência. Revista da Sociedade Brasileira da Clínica Médica, v.10, n.5, p.410-419, 2012. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2012/v10n5/a3144.pdf. Acesso em: 26 de setembro de 2019.

Sobre o autor

Jornalista, possui experiência em rádio, apuração de dados para programa de televisão e produção de conteúdo para a Internet. Registro Profissional MTB-PE: 6770.