A argiloterapia é um tratamento natural que pode prevenir alterações indesejadas na pele, a exemplo de manchas, rugas e acnes. Todos esses problemas são muito comuns devido à exposição diária ao sol, vento e poluição.
A argila branca é o tipo mais indicado para clarear a pele, suavizando até manchas de melasma. Além disso, atua como cicatrizante e antioxidante. Isso é o que garante a esteticista, Lívia Rocha.
“As argilas, independente da cor, são extraídas do solo e compostas por microminerais (óxido de ferro, zinco, magnésio, manganês, alumínio, silício, potássio, cálcio, fósforo, entre outros). A argila branca tem, por sua vez, uma maior quantidade de silicato de alumínio, caulinita e sais minerais, por isso possui um pH muito próximo ao da pele (entre 4,7 e 5,7)”, explica.
Mas, além de benéfico para o rosto, esse produto natural também é muito indicado para a saúde dos cabelos. Quer saber mais sobre esse assunto? Acompanhe a seguir!
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Argila branca: para que serve?
“Além de manter as funções metabólicas da pele, tem ação clareadora, suavizante, hidratante, revitalizante e cicatrizante, promovendo o aumento da oxigenação de áreas congestionantes, motivo pelo qual é mais indicada para peles sensíveis e desidratadas”, revela Lívia.
Ainda segundo a profissional, esse tratamento pode servir para amenizar o melasma, uma hiperpigmentação da pele ocasionada por uma disfunção dérmica ou inflamação. Isso sem contar na sua atuação diante das estrias, uma questão estética que incomoda muitas mulheres e é decorrente do rompimento das fibras de elastina na pele.
O uso dessa argila mais clara é indicado para o tratamento de caspas e psoríase. No entanto, Lívia Rocha salienta que o produto só deve ser aplicado no couro cabeludo e não nos fios. “Se quer que a árvore tenha uma bela copa, cuide de sua raiz”, explica a especialista em analogia..
Como usar?
Existem diversas maneiras de usar a argiloterapia, mas cada uma delas têm suas especificidades de acordo com o objetivo do tratamento.
Na pele e no rosto
Segundo Lívia Rocha, antes de aplicar esse tratamento, é indicado fazer uma leve esfoliação na região desejada. Além disso, esse esfoliante deve ser próprio para a pele e não receitas caseiras feitas à base de café ou açúcar, por exemplo. Com a pele limpa, o resultado costuma ser mais satisfatório.
Depois da limpeza, você deve enxugar a pele e aplicar a argila, observando como o produto vai reagir. “Se craquear nos primeiros 5 minutos, quer dizer que a pele está desnutrida. Se ela sair amarelada, quer dizer que a pele está com muitos radicais livres e toxinas (excesso de conservantes, açúcar e sal no organismo)”, alerta a esteticista.
De uma maneira geral, deve-se retirar a máscara logo após ela craquear, não ultrapassando 15 minutos. A remoção é feita com água fria e corrente, deixando a pele totalmente livre do produto.
“Após a remoção da argila, eu recomento aplicar um tônico que manterá o equilíbrio do pH da pele e um hidratante ou protetor solar“, finaliza a profissional.
Receita de máscara
A profissional de estética criou um e-book chamado “Os segredos das argilas“, no qual mostra qual argila é mais indicada para cada tipo de pele. Nesse livro, ela ensina algumas receitas de máscara como a que mistura a argila branca, o óleo de rosa mosqueta e chá de camomila.
“O chá de camomila contém flavonoides que vão auxiliar sua pele a absorver todas as propriedades benéficas da rosa mosqueta, que por sua vez estimula o rejuvenescimento e tem ação antirrugas, antibolsas e antiolheiras. Possuindo também ação clareadora da pele”, afirma.
Modo de Uso
Dilua 1 parte de argila para 2 partes de chá de camomila até formar uma pasta lisa e uniforme. Em seguida, adicione 3 gotas de óleo vegetal de rosa mosqueta. Aplique na área desejada, deixe agir de 10 a 30 minutos e retire com água corrente.
No cabelo
Aplicar no couro cabeludo é ainda mais fácil do que na pele, pois não exige toda a preparação recomendada no caso anterior. No entanto, o tratamento capilar demanda alguns cuidados com relação a preparação da argila, que pode ser in natura ou misturada a outros produtos naturais.
No primeiro caso, a especialista indica diluir a argila em algum tônico ou soro. Já se você deseja reforçar os benefícios desse mineral, é indicado adicionar babosa (aloe vera), bepantol líquido (vitamina B5) ou algum óleo vegetal.
A aloe vera auxilia no tratamento contra as caspas. Já a vitamina do complexo de B aumenta a hidratação dos cabelos. Por fim, o óleo vegetal, que pode ser o de jojoba, ideal para limpar os fios, deixá-los brilhosos, sem caspas ou frizz. (1)
“O importante é não deixar mais que 15 minutos. E se a argila craquear antes disso, remova imediatamente”, complementa.
Curiosidades sobre a argiloterapia
Separamos algumas das maiores dúvidas sobre o tratamento com argila, confira as respostas!
1. Pode usar argila no rosto todos os dias?
“Recomendo uma vez por semana. Tempo suficiente para a pele poder perceber o tratamento e conseguir se renovar naturalmente com mais força e brilho”, alerta Lívia.
2. Qual a melhor argila para clarear a pele?
Segundo a esteticista, as de tonalidade clara são as mais indicadas para o clareamento. “Quanto mais escura, mais ácida e o tratamento é para outro fim (peles acneicas e oleosas)”, explica.
3. Qual o preço desse produto e onde comprar?
A argila branca, assim como os demais tipos, pode ser adquirida em farmácias, lojas de produtos naturais ou feiras livres. O quilo dela costuma ser vendido a menos de R$ 15.
4. Qual a melhor argila: verde ou branca?
“Na argiloterapia não existe a melhor argila só baseada na sua cor. Cada tratamento e tipo de pele tem sua argila mais indicada. No caso da argila verde, ela é a fonte de maior diversidade de microminerais. Muito usada em cuidados corporais para tratamento de celulite e redução de medidas por seu efeito desintoxicante e antiedema, tonificando e nutrindo o tecido”, revela Lívia Rocha.
Contraindicações e efeitos colaterais
A argila branca não possui contraindicações, e os efeitos colaterais só surgem se ela for usada de maneira errada (muitas vezes por semana) ou misturada com algum produto não indicado para a pele. Entre as reações podemos citar irritação, coceira e vermelhidão na área aplicada.
*Artigo feito com a colaboração da esteticista e personal home care, Lívia Rocha.
(1) Phytoterápica – Inspiração para uma vida saudável. “Estação Inverno: dicas de produtos que fortalecem a saúde e protegem a pele e cabelos“. Disponível em: https://escritorio.phytoterapica.com.br/Catalogo/Catalogo_Inverno_2018.pdf. Acesso em: 21 de outubro de 2019.