Quais os benefícios das ostras

Você conhece os benefícios das ostras? Sabia que elas são ótimas fontes de nutrientes? Esta espécie de molusco é bastante usada na alimentação em várias regiões do planeta. Apesar disso, também podem ser usadas na indústria farmacêutica e na nutrição, devido a algumas propriedades saudáveis da sua composição.

Ostra é o nome dado ao um grupo de espécies de moluscos comuns em água salgadas e salobras. Geralmente marítimas, as ostras são conhecidas por duas características: é um fruto do mar bastante saboroso e nutritivo e é o animal que produz as famosas pérolas.

As ostras são um alimento muito controverso. Algumas pessoas amam, outras odeiam. E não podemos deixar de falar daqueles(as) que sentem nojo desse pequeno molusco marítimo. Deixando o sabor e gosto pessoal de lado, a ciência não pode negar que as ostras são fontes de vitaminas e nutrientes importantes.

Duvida? Então veja abaixo o que são ostras e como beneficiar a saúde através delas. Já adianto duas coisas: Faz muito bem para prevenir o envelhecimento e pode ser a chave para recuperar a saúde e disposição sexual masculina.

Conheça os benefícios das ostras

Quando pensamos nas ostras como uma fonte de propriedades nutritivas e medicinais, esses moluscos surpreendem. Além do sabor indiscutível, as ostras são ricas em nutrientes e substâncias que pode ser a resposta para o envelhecimento saudável e administração da boa saúde. Confira os benefícios das ostras:

Ostras

As ostras são um alimento muito controverso. Tem quem ame e odeie (Foto: depositphotos)

  • Aumenta a líbido masculina
  • É uma fonte rica de proteínas
  • Possui nutrientes importantes para a saúde
  • Anticoagulante natural
  • Faz bem para o coração e cérebro
  • Promove o envelhecimento saudável
  • Melhora a qualidade do sangue
  • Ajuda o sistema nervoso

Bastantes benefícios, não é? Vale ressaltar que estes que foram listados são os benefícios comprovados pela ciências até o momento. Claro que existem outros benefícios, mas ainda estão sendo estudados ou passando por testes.

Dessa forma, escolhemos estes que foram citados pois já existem embasamento científico que os comprovam. Assim, certificamos de que todos estes são baseados em pesquisas e estudos originais e certificados. Abaixo, você aprenderá mais sobre cada um.

Como funcionam os benefícios

Agora você verá um pouco mais sobre cada um dos benefícios listados anteriormente. É aqui também onde você vai confirmar que todos esses benefícios são verdadeiros. As informações são baseadas em fontes científicas e pesquisas oficiais. Confira nossas referências científicas no fim do artigo!

Aumenta a líbido masculina

Primeiramente, vamos começar com uma pergunta muito recorrente: as ostras são afrodisíacas? A resposta é sim, principalmente para os homens. Estudos comprovam que homens que consomem ostras têm a libido, desejo e performance sexual melhorados (1).

Isto acontece devido ao zinco presente na composição nutricional das ostras (1, 2). O zinco é o principal componente para a produção da testosterona, o hormônio masculino. Este hormônio também é responsável pelo desejo e saúde sexual.

Praticar sexo é bom e faz bem para a saúde. Não conseguir suprir o apetite sexual é um problema sério, que precisa ser tratado por um médico especialista. Sendo assim, as ostras,  podem servir como suplemento natural no tratamento para reconquistar a saúde sexual.

É uma fonte rica de proteínas

Estudos e análises sobre a composição das ostras mostram sempre algo em comum: elas são altamente nutritivas quando o assunto são as proteínas (2, 3). Em 50 gramas de ostra é possível obter cerca de 5 gramas de proteína pura, o que 10% do total diário recomendado.

As proteínas, como todo mundo sabe, são muito importantes para a boa saúde. Elas são fundamentais para os músculos e ajudam em várias funções básicas do corpo humano. Dessa forma, consumir ostras ou produtos naturais derivados é uma alternativa saudável de consumir proteína.

Possui nutrientes importantes para a saúde

Além das proteínas, os ostras são fontes de vários nutrientes importantes para a boa saúde. O consumo regular de ostras nutre o corpo com algumas vitaminas difíceis de encontrar em outros alimentos, como a vitamina B12, por exemplo.

Ao consumir uma ostra de 50 gramas você obtém (2):

  • 40,5 calorias
  • 4,7g de proteína
  • 133% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de vitamina B12
  • 55% da IDR de zinco
  • 55% da IDR de selênio
  • 39% da IDR de cobre
  • 16% da IDR de magnésio
  • 14% da IDR de ferro
  • 8% da IDR de fósforo
  • 7% da IDR de vitamina C

Viu como é possível obter vários minerais benéficos para a saúde ao ingerir 1 única ostra pequena? Em relação as vitaminas, apenas duas se destacam: a vitamina B12 e a vitamina C.

Anticoagulante natural

Um estudo chinês realizado em 2018 comprovou que uma proteína encontrada na ostra serve como anticoagulante natural (3, 4). Dessa forma, pode prevenir a formação de trombos sanguíneos e, em alguns casos, melhorar a circulação no geral.

Com isso, as ostras são de grande ajuda para prevenir e auxiliar no tratamento de doenças circulatórias, como a trombose. A proteína deste molusco é capaz de diminuir a coagulação sanguínea quando ela não é bem-vinda.

Faz bem para o coração e cérebro

As ostras possuem alguns componentes que são ótimos para a saúde do coração e do cérebro (3). É o caso da vitamina B12, zinco, ferro e magnésio, todos são nutrientes importantes para a saúde cardíaca e cerebral.

Um estudo nacional realizado na Universidade Federal de Alagoas comprovou que o consumo de ostras diminui o risco de doença coronariana (3, 5). Este problema ocorre geralmente quando placas entopem as artérias coronárias, limitando o fluxo sanguíneo para o coração.

Outro estudo brasileiro apontou que os ácidos graxos (como o ômega-3, por exemplo) encontrados nas ostras são de fundamental importância para a saúde cardiovascular (3). Dessa forma, consumir ostras ajuda a manter o coração funcionando de forma saudável e previne doenças.

De acordo com resultados de pesquisas realizadas pelo Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas, as ostras também fazem bem para o cérebro (6). Consumir este molusco ajuda a prevenir distúrbios psiquiátricos e neurológicos.

Além disso, o consumo de ostras também auxilia na saúde do sistema nervoso, como você verá tópico “Ajuda o sistema nervoso”.

Promove o envelhecimento saudável

A vitamina B12 e os ácidos graxos (ômega-3 e ômega-6) são muito importantes na terceira idade. Você com certeza já deve ter conhecido algum idoso(a) que toma ômega-3 por recomendação médica. A ostra possui vários nutrientes bons para o envelhecimento saudável.

Os nutrientes da composição das ostras são um tônico natural para fortificar o organismo e prevenir doenças tanto da juventude quanto na idade avançada (3). Dessa forma, é importante na terceira idade devido a chance de desenvolvimento de doenças.

Estudos comprovam que a vitamina B12 é encontrada em abundância nas ostras (2) e ela ajuda a prevenir o encolhimento do cérebro, provocado pelo envelhecimento.

Melhora a qualidade do sangue

Outro benefício da vitamina B12 no organismo humano é a melhora da qualidade do sangue (2). De acordo com as principais pesquisas médicas e farmacêuticas sobre essa vitamina, se destacam o benefício de formar, integrar e maturar as células vermelhas do sangue.

As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são o que dá a cor avermelhada ao nosso sangue. Além disso, elas são responsáveis por levar várias substâncias importantes para várias órgãos e garantir o bom funcionamento dos mesmo.

Quando há deficiência da vitamina B12, as hemácias aumentam o seu tamanho e acabam ficando com o núcleo desproporcional ao citoplasma. Vale lembrar, contudo, que uma única ostra por dia já nutre a quantidade recomendada de vitamina B12 por dia.

Ajuda o sistema nervoso

Por fim, mas não menos importante, as ostras auxiliam na saúde do sistema nervoso, prevenindo doenças e melhorando o funcionamento dos neurônios (1, 3). Isso se deve a vitamina B12 e ao zinco da composição do molusco.

Já foi comprovado que o zinco ajuda no tratamento de doenças relacionadas ao sistema nervoso, como a ansiedade, estresse e até mesmo a depressão (3). Além disso, a vitamina B12 previne o desgaste da mielina, uma membrana que age como capa para os neurônios periféricos.

O que são ostras?

As ostras são uma espécie de moluscos, um animal considerado fruto do mar na alimentação de várias regiões do planeta. São parentes do polvo, lula e do mexilhão, e tal como estes, são usadas na culinária (nutrição) e ciência (medicina e farmacêutica).

As ostras possuem corpo mole (parte consumida na alimentação), protegido por uma concha bem dura, bastante calcificada. Os músculos adutores das ostras são fortes, e são eles os responsáveis por fechar a casca, tornando bem difícil abri-las, até mesmo para um humano.

Podem ser encontradas em várias regiões do planeta, geralmente fixadas em rochas no mar. Os maiores produtores de ostra são Portugal, Itália, França, Holanda, Inglaterra e Bélgica, onde fazem parte da culinária tradicional.

Elas se alimentam de pequenos seres e substâncias presentes na água, como os plâncton, por exemplo. Seu meio de alimentação é através das brânquias no seu interior.

É um tipo de molusco pertencente à família Ostreidade e à Ordem Ostreoida. E, apesar do seu interior ser a principal parte tanto na culinária quanto nas pesquisas científicas, a sua casca também possui propriedades nutritivas, como o cálcio, por exemplo.

O corpo da ostra é constituído de brânquias, estômago, coração, rins, intestino, gônadas (órgãos sexuais), músculo adutor, ânus, manto e guelras. Seus principais predadores são os humanos, alguns peixes, estrelas do mar e caranguejos.

Como preparar e consumir?

Em primeiro lugar, é importante obter uma ostra de boa procedência. De preferência, aquelas cultivadas por criadores licenciados e especializados. Ter esse cuidado já reduz em 80% as chances de consumir uma ostra ruim, que pode fazer mal.

Em segundo lugar, os especialista sempre recomendam que a ostra seja consumida após cozimento em mais de 90ºC. De acordo com um estudo, ostras podem conter agentes causadores de doenças em seres humanos (7), como bactérias, vírus e parasitas, por exemplo.

Ostras em prato

As ostras devem ser consumidas cozidas em mais de 90 graus (Foto: depositphotos)

Ao cozinhar a ostra, esses agentes são eliminados, o que limpa o molusco e ainda melhora o seu sabor. Após o cozimento, a ostra pode ser consumida ainda quente ou fria. Os preparos na culinária são inúmeros.

No Brasil, é costume comer a ostra fria (mas cozida previamente) com algumas gotas de limão e azeite. Há aqueles que prefiram comê-la ao natural e até mesmo aqueles que a fritam no alho e óleo.

Como já falei, as opções são muitas na gastronomia. Por isso, apenas lembre-se de prestar atenção na procedência do molusco e de cozinhá-lo. Dessa forma, você estará comendo uma ostra de qualidade que só trará benefícios!

Como se formam as pérolas?

As pérolas são um tipo de cristal formados no interior das ostras. Devido a sua beleza e raridade, são consideradas jóias de alto valor comercial. Mas você sabe como elas se formam? Aqui você vê a resposta.

As pérolas são resultado de um mecanismo de proteção das ostras. Quando um parasita ou substância estranha invade o interior deste molusco, o mesmo libera uma substância chamada madrepérola, que se cristaliza ao redor do invasor e impede possíveis danos (e a sua reprodução, no caso dos parasitas).

Depois de 3 anos de cristalização, esta massa vira uma pérola. Mas nem sempre é redonda como a gente conhece. A forma da pérola depende do tipo de invasor que entrou em contato com o corpo da ostra. A cor da pérola é um fator relacionado à saúde do molusco.

As pérolas redondas e de cor branca são as mais bonitas e famosas. Por sua vez, também são as mais caras. Elas são produzidas por um tipo específico de ostras, chamadas de ostras aladas. Hoje em dia, é possível induzir artificialmente a produção de pérolas.

Curiosidade: As ostras não são os únicos moluscos capazes de produzir pérolas. O mexilhão também possui essa habilidade, apesar de ser um evento mais raro.

Cuidados e precauções

Em primeiro lugar, é muito importante que pessoas que tem alergia a frutos do mar não consumam ostras. Logicamente, incluir esse molusco na alimentação trará reações alérgicas e, dependendo do grau de alergia, é possível até levar a complicações que podem levar ao óbito.

Outro cuidado diz respeito ao exagero. Uma única ostra contém uma alta quantidade de zinco (50% do consumo diário recomendado). Sendo assim, ao ingerir 2 ostras, você já obtém o nível recomendado de zinco no corpo. Ultrapassar muito essa dose pode ser tóxico.

Outro cuidado que se deve ter é sobre o local onde as ostras são cultivadas ou recolhidas. Lembre-se que as ostras absorvem e filtram água para se alimentar. Sendo assim, se a água for poluída ou conter elementos químicos, isto pode afetar quem a ingere.

Além disso, o consumo exagerado de ostras de origem duvidosa pode acarretar em infecção alimentar. Por isso, sempre opte por ostras cultivadas por criadores licenciados. Dessa forma, você poderá consumir ostras sem preocupações, apenas sabor e benefícios!

Referências

  1. CAETANO, Roberta. Biodisponibilidade de zinco de ostras (Crassostrea gigas) cultivadas em Florianópolis/SC. 2006. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/88358>. Acesso em 21/12/2018.
  2. Self Nutrition Data. Mollusks, oyster, Pacific, raw. Tabela nutricional disponível em: <https://nutritiondata.self.com/facts/finfish-and-shellfish-products/4193/2>. Acesso em 21/12/2018.
  3. PARISENTI, Jana. Determinação dos esteróis e ácidos graxos em ostras (Crassostrea gigas) da região de Florianópolis-SC e efeito do seu consumo no colesterol sérico de ratas (Rattus norvegicus). 2006. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/88823/226932.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 21/12/2018.
  4. CHENG, S; et. al. Identification and inhibitory activity against α-thrombin of a novel anticoagulant peptide derived from oyster (Crassostrea gigas) protein. 2018. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30457135>. Acesso em 21/12/2018.
  5. PASCOAL, Jadna Cilene Moreira. Influência da sazonalidade no valor nutricional de ostras (Crassostrea rhizophorae) cultivadas na Barra de São Miguel-AL. 2008. Disponível em: <http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/fanut/pos-graduacao/mestrado-em-nutricao/defesa-de-dissertacao/dissertacoes-defendidas/relacao-de-dissertacoes/jadna-cilene-moreira-pascoal/view>. Acesso em 21/12/2018.
  6. UFAL. Estudo sobre ostra constata que o molusco pode reduzir doença coronariana. 2014. Matéria disponível em: <http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/fanut/informes/estudo-sobre-ostra-constata-que-o-molusco-pode-reduzir-doenca-coronariana>. Acesso em 21/12/2018.
  7. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Ostras podem acumular agentes causadores de doenças, comprova pesquisa. 2012. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/03/28/ostras-podem-acumular-agentes-causadores-de-doenças-comprova-pesquisa/>. Acesso em 21/12/2018.

Sobre o autor

Jornalista, tem experiência em emissoras de televisão, jornal impresso e revistas. Trabalha também com produção de conteúdo web para diversos segmentos.