Cabelo oleoso: 6 dicas para resolver esse problema

Este conteúdo faz parte da categoria Medicina Alternativa e pode conter informações que carecem de estudos científicos e/ou consenso médico.

Você já percebeu seu cabelo oleoso na raiz e seco nas pontas? Ou sentiu uma oleosidade no couro cabeludo mesmo depois de lavar? Pois saiba que nenhuma dessas situações é normal ou saudável para os fios, pois podem provocar o surgimento de caspas ou até mesmo da dermatite seborreica.

De acordo com o hair stylist, Vitor Beletatti, algumas atitudes simples do dia a dia podem ser a causa para o sebo abundante nas madeixas. Por exemplo, lavagem excessiva, água muito quente e até mesmo o uso inadequado de alguns cosméticos.

Mulher penteando cabelos
Fazer hidratação com Aloe vera pode ser uma opção natural para tirar a oleosidade dos cabelos (Foto: depositphotos)

Portanto, pedimos ao profissional algumas dicas para resolver esse problema com tratamentos caseiros, como indicações de produtos naturais, a forma correta de como usar o shampoo seco e o uso adequado das hidratações.

Como tirar oleosidade do cabelo?

A oleosidade é uma secreção natural da glândula sebácea e é importante para os cabelos, pois auxilia no combate a bactérias e fungos, além de proteger contra o ressecamento dos fios. No entanto, o seu excesso é prejudicial para a saúde do couro cabeludo e para a estética. Sendo necessário ter o controle dessa substância. (1)

1. Fazer hidratação regular

Para Vitor Beletatti, um cabelo oleoso precisa de hidratação feita da maneira correta e com os produtos apropriados. “Para hidratar um cabelo oleoso, o ideal é utilizar produtos que são a base de Aloe vera (babosa), antioxidantes e máscaras sem óleo, para trazer saúde sem pesar os fios”, indica o profissional.

2. Usar máscara de argila

Uma outra opção de tratamento indicada pelo hair stylist é o uso de uma máscara feita com argila verde e aplicada diretamente no couro cabeludo. Depois de colocada, é necessário “deixar agir por 15 minutos, duas vezes por mês”, aconselha.

Para quem não sabe, a argiloterapia promove uma limpeza profunda no couro cabeludo, eliminando qualquer tipo de impureza. Isso porque a argila possui propriedades bactericida, regeneradora, anti-inflamatória e antisséptica. No caso específico da verde, pode-se afirmar que ela é adstringente, cicatrizante e oxigenante. (2)

3. Regularizar a limpeza

“Muitas vezes a busca por um cabelo limpo pode provocar um efeito rebote. Isso acontece quando a limpeza é tão forte e agressiva ao ponto de ressecar as pontas ao mesmo tempo em que estimula a glândula sebácea”, explica o profissional.

Por essa razão, é recomendado lavar os cabelos com uma frequência que atenda as suas necessidades de limpeza. Para isso, converse com seu cabeleireiro de confiança. “Como sempre gosto de dizer, cada cabelo tem suas próprias características e a quantidade indicada de lavagem vai depender muito do nível de cada caso”, alerta.

De modo geral, o especialista indica a limpeza dos fios em dias alternados e de preferência pela manhã. “Assim o couro cabeludo tem mais tempo para secar naturalmente, evitando o uso de secadores e de possíveis desequilíbrios em sua saúde”, ensina Beletatti.

4. Optar por água fresca

Beletatti também chama atenção para a escolha da temperatura da água utilizada para lavar os cabelos. Segundo o especialista, quanto mais quente a água for, mais oleoso o cabelo vai ficar. Sendo assim, prefira sempre a mais fresca ou fria, sempre acompanhada de shampoos a base de ervas.

5. Fazer hidratação com Aloe vera

“Misture um pouco de Aloe vera com 3 gotinhas de óleo de alecrim. Com os cabelos lavados, aplique a mistura do couro cabeludo até as pontas e deixe agir por 10 minutos. Enxágue e aplique o condicionador nas pontas. Enxágue novamente e finalize como desejado”, orienta.

6. Limpar as madeixas com óleo melaleuca

O óleo essencial de melaleuca possui comprovada ação antimicrobiana contra bactérias e bolores. (2)

Para usar é muito simples, basta usar 12 gotas do óleo junto com um esfoliante de sua preferência. Aplique a mistura no couro cabeludo e aguarde de 15 a 20 minutos. Em seguida, enxague os cabelos molhando primeiramente a raiz e massageando lentamente para retirar o excesso do esfoliante.

Depois desse processo, lave os cabelos com shampoo neutro de sálvia com mais algumas gotas de melaleuca. Sendo 18 gotas para cabelos longo, 12 gotas para cabelos médios e 6 gotas para os curtos.

Esse segundo passo pode ser repetido quantas vezes você achar necessário até que as madeixas estejam totalmente limpas. Ao final, use um condicionador para neutralizar a carga negativa dos fios e selar as cutículas do cabelo. Mas atenção, não aplique na raiz.

Espere 5 minutos até retirar o produto completamente. Com uma toalha, tire o excesso de água e aplique um protetor térmico para secar o cabelo, seja no secador ou naturalmente.

Esse tratamento pode ser feito uma vez por semana e pode durar até 90 dias. “Outro benefício é a eficácia contra coceiras na cabeça, indicado para caspa ou dermatite seborreica em couro cabeludo, por suas propriedades anti-seborreica e anti-inflamatória”. (2)

Shampoo para cabelos oleosos

“A melhor opção para fios oleosos são shampoos de limpeza suave e que acalmem as glândulas responsáveis pela produção do sebo. Shampoos de limpeza profunda não são indicados pois podem provocar o efeito rebote citado anteriormente”, explica o hair stylist Vitor Beletatti.

Ainda segundo o profissional, esses mesmos produtos podem ser utilizados pelas grávidas sem medo. Isso porque, a maioria dos cosméticos de limpeza suave não usa artifícios químicos em sua composição, mas sim ervas e vitaminas.

“Dessa forma, sendo um shampoo, máscara ou argila, estão liberados para mulheres no período da gestação. A dica é conferir no rótulo de cada produto se eles são a base desses elementos”, aconselha.

Como disfarçar a oleosidade?

Se mesmo depois dessas dicas você ainda deseja uma solução mais urgente para controlar os cabelos oleosos, Vitor Beletatti indica o shampoo a seco, pois ele possui polímeros que se atraem pela oleosidade. Mas, o especialista alerta para o uso excessivo desse produto.

“Como os ativos desse tipo de shampoo são extremamente secos, eles criam um equilíbrio que disfarçam a aparência. Entretanto, vale mencionar que o uso muito frequente dos shampoos a seco não são benéficos para a saúde do couro cabeludo como um todo.”

Oleosidade: o que provoca, quais consequências e formas de prevenção?

Você viu no início desse artigo que a oleosidade pode ser provocada por agentes externos. No entanto, o hair stylist lembra que também há razões internas que contribuem com a produção demasiada de sebo no couro cabeludo, como é o caso dos distúrbios hormonais.

Já quando tratamos sobre as consequências dessa condição, é importante dar destaque não apenas às caspas, mas também à dermatite seborreica. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse problema é uma inflamação na pele e causa princialmente descamação e vermelhidão na área afetada. Além de contribuir com uma coceira no couro cabeludo e possível perda de cabelo. (3)

Mas essas não são as únicas características de um cabelo oleoso, pois ele também pode se apresentar mais brilhoso, com um aspecto molhado, sem volume e geralmente são finos.

Para evitar todos esses incômodos estéticos, busque seguir as dicas ensinadas nesse texto. Além disso, evite o estresse, alimentos não saudáveis e a poluição. Pois todos esses elementos também podem estar associados à oleosidade da raiz dos fios. (2)

*Artigo feito com a colaboração do hair stylist e profissional do In Beauty Luxury, Vitor Beletatti.

Referências

(1) SILVA, Eduardo Cardoso; et al. “Descrição de ativos de xampus para cabelos oleosos e anticaspa (linha comercial)”.  Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Santa Catarina. Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Eduardo%20da%20Silva,%20Janaina%20Coutinho.pdf. Acesso em: 28 de agosto de 2019.

(2) SARAIVA, Paula Vanessa; GREIN, Vanderleia Ap. Souza; COSMO, Simone. “Dermatite seborreica – Tratamento com óleo essencial de melaleuca”. Universidade Tuiuti do
Paraná, 2017. Disponível em: https://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/DERMATITE-SEBORREICA.pdf. Acesso em: 28 de agosto de 2019.

(3) Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Dermatite seborreica”. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-seborreica/3/. Acesso em: 28 de agosto de 2019.

Sobre o autor

Formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, tem experiência em rádio e escreve para o Remédio Caseiro desde 2015. Registro Profissional MTB-PE: 6750.