Benefícios do bálsamo

Este conteúdo faz parte da categoria Medicina Alternativa e pode conter informações que carecem de estudos científicos e/ou consenso médico.

O bálsamo é uma planta medicinal e ornamental. Entre os seus principais benefícios para a saúde se destacam melhorar a digestão, combater dores e auxiliar no controle da diabetes.

Para quem não sabe o que é bálsamo, seu nome científico é Sedum dendroideum e trata-se de uma planta da família das Crassulaceae, que são plantinhas cheias de água em suas folhas e que possuem aspecto carnoso e brilhante. A maioria dos seus benefícios estão justamente nessas folhas, pois com elas, é possível produzir chá, óleo e suco natural.

5 benefícios do bálsamo

Arte sobre os benefícios do bálsamo

1- Faz bem para o sistema digestivo

O bálsamo é, antes de mais nada, uma planta gastroprotetora. Traduzindo para uma linguagem mais simples e clara, significa que ela possui nutrientes e substâncias capazes de proteger o esôfago, intestinos e principalmente o estômago.

Homem com dor no estômago
O consumo do bálsamo reforça as defesas do estômago (Foto: depositphotos)

Dois estudos realizados na Universidade Federal do Paraná provaram que o consumo dessa planta está associado a redução de úlceras. A pesquisa científica apontou que essa ação farmacológica não afeta o muco e os níveis de proteína antioxidante (glutationa) no estômago. Tudo se deve, principalmente, aos polissacarídeos presentes na composição da planta. Além disso, reforça as defesas do estômago, protegendo dessa e outras doenças. (1, 2) Este benefício é comprovado por outro estudo brasileiro. (3)

2- É anti-inflamatório

Homem com escudo contra doenças
Essa planta estimula o sistema imunológico tornando-o mais resistente a doenças (Foto: depositphotos)

As folhas dessa planta são ricas em propriedades anti-inflamatórias. É o que aponta uma pesquisa brasileira sobre a composição natural e medicinal do bálsamo. Mais uma vez, é um benefício derivado dos polissacarídeos presentes na planta. Eles estimulam o sistema imunológico e agem contra as inflamações no organismo. (4)

3- Ajuda no controle da diabetes

Mulher conferindo insulina
As folhas do bálsamo são ricas em flavonoides que combatem e controlam a diabetes (Foto: depositphotos)

O bálsamo também é antidiabético. Esse efeito foi confirmado através de um estudo realizado pelo Laboratório de Enzimologia e Controle do Metabolismo (LabECoM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De acordo com a produção científica, essa ação acontece por causa dos flavonoides encontrados nas folhas da planta. (5)

Flavonoides são compostos químicos que podem ser encontrados em frutas, vegetais e receitas que derivam de produtos naturais, como chás, vinhos secos e chocolates amargos. De acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia, eles estão associados ao combate e controle da diabetes. (6)

4- É antioxidante

Idosa conferindo pressão
Por ser antioxidante, o bálsamo evita a hipertensão e o envelhecimento precoce (Foto: depositphotos)

Mais um dos poderes que o Sedum dendroideum, ou bálsamo, possui em suas folhas é sua ação antioxidante. Isso significa que ajuda no combate aos radicais livres, substâncias malignas que dificultam o ciclo de vida saudável das células e aumentam o risco de doenças graves, como o câncer, a diabetes e a hipertensão. (2, 3)

Além das doenças já citadas, o consumo de alimentos com ação antioxidante ajuda a prevenir e combater problemas como envelhecimento precoce, Parkinsonismo, Alzheimer, doenças degenerativas e autoimunes no geral.

5- Alivia dores causadas por estímulos do corpo

Homem com dor na perna
O bálsamo reduz a capacidade de perceber a dor sendo um ótimo analgésico natural (Foto: depositphotos)

Uma atuação peculiar dessa erva é o seu efeito antinociceptivo. De forma simples, isso quer dizer que o bálsamo possui efeito analgésico, mas de uma forma diferente dos remédios e alimentos que possuem esse mesmo benefício. (7, 8)

De acordo com um estudo brasileiro, a antinocicepção é descrita como “redução na capacidade de perceber a dor, sendo importante componente para o organismo, quando este está envolvido em situações de emergência” (como pancadas fortes ou cortes profundos). O estudo ainda aponta que isso tem a ver com o modo como os neurotransmissores e seus receptores estão envolvidos em diversas formas de analgesia. (9)

Em resumo, pode-se afirmar que o bálsamo ajuda a “enganar” o corpo em relação às dores. O termo “bálsamo” também pode ser encontrado na Bíblia e dicionários como sinônimo para “alívio” ou “consolo”. Isso tem a ver com sua capacidade antinociceptiva.

Receita: Como prepara chá de bálsamo

Folhas da planta bálsamo
Essa planta, além de ser rica para fins medicinais, pode ser usada na ornamentação (Foto: depositphotos)

O chá das folhas de bálsamo é uma das formas mais tradicionais de usar essa planta para obter os benefícios medicinais. Seu preparo, contudo, é bem simples. Siga as instruções abaixo e você terá o melhor e mais saudável chá medicinal dessa planta:

  1. Em primeiro lugar, lave bem as folhas e certifique-se de que elas estão bem higienizadas. Lave em água corrente.
  2. Em uma panela, adicione 1 xícara de água filtrada e espere ferver.
  3. Quando atingir a fervura, adicione de 3 a 4 folhas de bálsamo.
  4. Deixe por aproximadamente 5 minutos.
  5. Em seguida, desligue o fogo e tampe por mais de 5 minutos.
  6. Por fim, retire as folhas e as descarte. Beba sem adoçar.

É importante ressaltar que esse chá não deve ser adoçado. Ao fazer isso, a bebida perde vários benefícios, como a ação antidiabética e antioxidante. Opte por tomá-lo na forma natural. No início pode ser estranho, já que o nosso paladar é acostumado com coisas muito doces, mas logo você acostuma e começa a sentir o verdadeiro sabor natural do chá.

Além disso, este chá deve ser consumido até 2 vezes por dia. Uma única xícara pela manhã é ideal para obter as propriedades medicinais, inclusive. É ideal que você informe o seu médico(a) quando quiser começar a tomar esse chá. Assim, ele poderá recomendar o melhor jeito de usá-lo para o seu benefício.

Outras formas de usar essa planta

Além do chá, existem outras formas de obter os benefícios do bálsamo. Seja através da ingestão ou da aplicação na pele, os benefícios podem ser adquiridos de várias maneiras. Confira:

  • Uso tópico: as folhas higienizadas da planta podem ser amassadas e aplicadas sobre a pele, em regiões onde há dor. É uma maneira de obter o efeito analgésico.
  • Óleo essencial de bálsamo: o óleo feito a partir das folhas de bálsamo pode ser encontrado em lojas de produtos naturais. Ele serve principalmente para usar na pele, durante massagem com finalidades analgésicas.
  • Suco de bálsamo: o suco é feito usando unicamente as folhas da planta e água. A medida é de 1 copo e meio de água para cada 10 folhas de bálsamo. Bata no liquidificador e tome em jejum todas as manhãs. Você obterá os benefícios citados neste artigo.
  • Salada com folhas de bálsamo: As folhas também podem ser consumidas na alimentação diária. Elas possuem quase nenhum sabor, o que não compromete o gosto da comida. Você pode adicionar a salada.

Isso quer dizer que ter um vaso com bálsamo no seu jardim, varanda ou quintal vai agregar à sua casa bem mais do que você imagina. Além de ser uma planta do tipo suculenta, fácil de cultivar e bonita, as pequenas folhas podem ser um diferencial na sua saúde e da sua família.

Cuidados e contraindicações

Durante a produção desse artigo, não foram encontradas contraindicações sobre o uso do bálsamo. Os únicos cuidados gerais que recomendamos é em relação a higienização das folhas da planta antes de usar e tomar cuidado com o excesso de ingestão das receitas citadas. Tudo em exagero faz mal, mesmo se for uma planta rica em propriedades medicinais como o bálsamo.

Referências

(1) DE OLIVEIRA AF, DA LUZ BB, WERNER MFP, et al. Gastroprotective activity of a pectic polysaccharide fraction obtained from infusion of Sedum dendroideum leaves. Phytomedicine, Volume 41. 2018. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29519322>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(2) DA LUZ BB, DE OLIVEIRA AF, MARIA FERREIRA D, et al. Chemical composition, antioxidant and gastrointestinal properties of Sedum dendroideum Moc & Sessé ex DC leaves tea infusion. J Ethnopharmacol. 2019. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30445105>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(3) CARRASCO V, PINTO LA, CORDEIRO KW, CARDOSO CA, FREITAS KdeC. Antiulcer activities of the hydroethanolic extract of Sedum dendroideum Moc et Sessé ex DC. (balsam). J Ethnopharmacol. 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25446587>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(4) OLIVEIRA AF, NASCIMENTO GED, IACOMINI M, CORDEIRO LMC, CIPRIANI TR. Chemical structure and anti-inflammatory effect of polysaccharides obtained from infusion of Sedum dendroideum leaves. Int J Biol Macromol. 2017. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28743570>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(5) DA SILVA D, CASANOVA LM, MARCONDES MC, et al. Antidiabetic activity of Sedum dendroideum: metabolic enzymes as putative targets for the bioactive flavonoid kaempferitrin. IUBMB Life. 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24817132>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(6) ABRAN – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA. ESTUDO ANALISA RELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO DE POLIFENOL E O DIABETES TIPO 2 [online]. Disponível em: <http://abran.org.br/2018/10/19/estudo-analisa-relacao-entre-a-ingestao-de-polifenol-e-o-diabetes-tipo-2/>. Acesso em 01 de ago. de 2019.

(7) DE MELO GO, MALVAR DdoC, VANDERLINDE FA, et al. Antinociceptive and anti-inflammatory kaempferol glycosides from Sedum dendroideum. J Ethnopharmacol. 2009. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19397977>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(8) DE MELO GO, MALVAR Ddo C, VANDERLINE FA, et al. Phytochemical and pharmacological study of Sedum dendroideum leaf juice. J Ethnopharmacol. 2005. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16054793>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

(9) FELIPPOTTI, Tatiana Tocchini. Envolvimento de receptores opióides µ1 e das redes neurais do colículo inferior na analgesia pós-ictal. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. 2005. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-17102006-153253/en.php>. Acesso em 31 de jul. de 2019.

Sobre o autor

Jornalista, tem experiência em emissoras de televisão, jornal impresso e revistas. Trabalha também com produção de conteúdo web para diversos segmentos.